Para os futuros homens das nossas vidas.

Não importa quantas pessoas te leiam.
Quantas noites passem, e quantos dias nem cheguem.
A tua história de amor, foi escrita para uma só pessoa.
Eu hei-de escrever o mundo por ti.
Até ao dia em que ele me caia em cima.
Porque tudo cai.
E nem eu, nem tu, haveremos de ser excepção.
Acreditar que somos excepção à regra, faz de nós tolos.
Ninguém quer, nem tem que estar num pedestal.
Todas as tuas falhas e cicatrizes, hão-de fazer parte de nós.
E não há mal nenhum nisso.
É isso que quero.
Quero alguém longe de ser, o que se quer.
Porque é nesse meio termo, nessa linha e nesse momento, que nascem os verdadeiros amores.
Na linha trémula do que poderia ter sido.
Nós havemos de ser.
Mesmo que dentro de nós, e que mais ninguém nos veja.
Eu hei-de te ver.
E espero que tu também.
Nenhum amor sobrevive através de momentos.
Nenhuma mulher se alimenta de palavras.
Espero que no meio da correria que tudo isto é, onde quer que estejas, e quem quer que sejas, encontremos um no outro a fome necessária, para nos deixarmos ficar.
Não quero que nos tornemos iguais a toda a gente.
De todas as promessas tolas feitas a quem amamos, é a única que te posso dar.
Não ser igual a toda a gente.
Estou à espera que chegues meio partido.
Tudo o que vivi até agora, faz-me crer que corações partidos se juntam.
É ironia do destino.
É a alegria do Diabo.
Mas tudo o que se parte, nunca mais volta a ser o mesmo.
E só nisso, e exclusivamente aí, vamos ser a excepção à regra.
Demore o tempo que demorar.
Esteja quem estiver na bagagem que são as pessoas que trazemos dentro de nós, eu hei-de te receber de braços abertos.
Aos bocados, ou inteiro.
Nas noites em que chores por tudo o que perdeste.
E nas manhãs que sejas feliz, por entenderes o que ganhaste.
A luz há-de te guiar de volta para casa.
E vai ser nessa mesma casa, que vou voltar a encontrar luz.
Espero que causemos qualquer coisa nas pessoas que nos rodeiam.
Porque se escrever o mundo não for suficiente, eu escrevo as paredes de casa.
Escrevo as ruas e os passeios.
Escrevo o teu nome no braço.
E hão-de querer passar o que sentimos para alguma tela de cinema.
"O amor que fez parar o mundo."
O mundo também há-de parar, quando finalmente nos encontrarmos.
Pelo menos, os nossos.
Quando chega alguém que pisa forte o suficiente, para parar o que gira depressa demais.
Que sejas homem o suficiente para me deixares entrar.
E que eu seja mulher o suficiente, para entender que nem tudo o que mói nos mata.
O amor verdadeiro existe.
Nem que seja durante algum tempo.
Existes.
E que seja nesse mesmo tempo, que toda a gente nos lembre.
Duas pessoas tão diferentes, mas que de tão partidos que estavam, acabaram por se encaixar.
Até lá.
Da Inês.