Que se lixem os amores impossíveis!

O amor tem-me ensinado muita coisa ao longo do tempo, e hoje sinto-me quase como que abençoada por certos e determinados momentos, fases menos boas e luminosas por que passei, porque sem elas não teria conhecido nem chegado à fase que me encontro agora. O tempo deu-me vontade de aprender, e com ele trouxe-me um cheiro a calma que não sai faz meses. O amor deve ser isso mesmo. Se pudesse tirar uma fotografia mental da imagem que tenho do amor, sou eu e o Luís calmos deitados sem abrir a boca, nem precisar de argumentação. O amor não é nem nunca deve ser possessivo, nem controlador, nem desconfiado. É complicado eu sei, porque nós mulheres tentamos encontrar tudo e mais alguma coisa onde muitas vezes não há nada, com medo que um dia, possamos ser motivo de risota e chacota de alguém que está tão em baixo de nós, que nem os vemos. O amor deve ser só calmo e pleno, fazê-lo pensar que durará para sempre ou que quem temos ao nosso um lado um dia não nos larga a mão, é parvoíce. Ás vezes precisamos de andar sozinhos por caminhos complicados e pouco estáveis, para sabermos caminhar normalmente de olhos vendados por sítios que nos tragam bem. E por isso digo a todas que vivem na fantasia de que a relação em que vivem não dá certo porque tudo está contra, que os amores impossíveis só são giros na televisão e que na realidade, basta querer para acontecer.
Aquele tipo de homem que diz que está confuso, que gosta de nós mas ainda não está pronto para uma relação, ou aquele que está connosco durante meses e que diz que a necessidade de chamar de namorada é uma parvoíce porque é tudo igual e o respeito mantêm-se, são por norma os cabrões mascarados de uma cara bonita que devemos afastar do nosso quotidiano. Tenho assistido a tudo, aos que dizem não gostarem de ser controlados, aos que não acreditam no amor, aos "fuck friends" (em que por norma a mulher está apaixonada mas diz-se sentir bem com o caso de pouco amor e muito sexo), os que dizem que são muito diferentes para terem uma relação mas que depois não deixam de passar um sábado à noite ao lado da mulher que desprezam os outros seis dias da semana, aqueles que dizem não gostar de apressar as coisas e depois tornam-se dispensáveis e esquecidos, e o melhor de todos, aquele que passa os sete dias da semana confuso mas que passa-lhe a confusão sempre que compreende que está quase a perder a mulher que quase ama.
Não há amores impossíveis, há só falta de amor. Um homem quando ama verdadeiramente uma mulher,  é capaz de passar mundos e fundos, de dar a volta ao mundo à procura da pressuposta, e de lutar as vinte e quatro horas do dia, todos os dias da vida dele, para ter a certeza que ela não vai a mais lado nenhum.
Para todas as mulheres, que têm um homem confuso na vida delas que lhes faz andar num misto de emoções sem saberem quem amam ou com quem ficam, mandem-nos à merda. O tanque é grande e os peixes são muitos, pescar um bom é complicado, mas muitas vezes deixamos escapar quem vale a pena e que se encontra mesmo ao nosso lado, porque andamos a nadar em praias que por muito que tentemos, nunca teremos pé.
Um dia uma pessoa disse-me que a vida era uma passagem, e nunca imaginou que eu fosse tão bem sucedida a aproveitar a passagem que nos é dada.
Não percam tempo com ninguém, sem ser com vocês mesmos.
Beijo de Maio.

Comentários

  1. Escreves tão mas tão bem que quase todos os dias venho aqui para ver se escreveste mais alguma coisa..
    muitas das coisas q escreves identificam-se com a minha pessoa e com a minha história em relação ao amor, espero q nunca desperdices este talento ENORMEEE q tens para a escrita, continua...
    Beijinhos (:

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  2. Obrigada.. era o que eu estava a precisar de "ouvir" Ines. Muito obrigada :)

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