Contos de Fadas.

Dei por mim à bocado a olhar para uma fotografia relativamente recente mas não assim tanto no que diz respeito a acontecimentos cronológicos dentro da minha própria relação, e lembrei-me que precisava de escrever. Andei um pouco para aqui e para lá, porque de vez em quando dá-me crises de ansiedade e nunca sei para que lado deva escrever.. quase como quando temos que decidir para onde vamos virar a cabeça na cama quando dormimos sozinhos. Há pouco tempo aderi à merda do ask, porque tinha curiosidade em saber o que as pessoas queriam saber realmente de mim. É quase um bom pensamento para alguém que quer escrever. Que gosta de escrever. Que ama escrever. Eu amo escrever mas nem sempre o quero fazer. Sou igual em todas as minhas relações amorosas. Nem sempre digo às pessoas que amo que as amo, pelo menos tantas vezes como sinto, e tenho dias que passo bem sozinha. Mas adiante à frente que ainda não vai ser esta a parte que exponho a parte podre de mim.. fiz a porcaria do ask porque me deu curiosidade, saber a curiosidade das pessoas. Andamos tão constantemente enfiados nas nossas próprias rotinas, jogos, relações, trabalhos, estudos, a querer mais para nós e para nós, que esquecer-nos que o que os outros nos querem, ao fim e ao cabo acaba por influenciar o nosso trajecto. Se fossemos nós por nós, talvez as coisas fossem mais fáceis. Infelizmente, há sempre uma parte de nós como seres humanos que somos, que prefere sempre arriscar a dor por vários anos, para sentir a felicidade por meses. Acontece, todos os dias. Odeio ver gente a sofrer por amor. Os desgostos de amor matam. A primeira discussão que tive com o meu namorado achei que ia morrer, literalmente. Aconteceu há já um ano e tal. Andávamos os dois com as voltas trocadas, o "diz que quer e que não quer". Cometi o erro de meter no facebook que "Se subir alto dói na queda, então eu acabei de partir o cu", e com isso mesmo vieram milhões de boatos para cima de mim, e do meu ask que nessa altura ainda não tinha, que tinha sido traída de mais de mil e uma formas e feitios. (A sério.. só faltou que tinha havido zoofilia também na cena). Acho que aí ainda era nova demais para entender algumas coisas, se bem que foi só há um ano e meio. Mas ainda era nova dentro da relação. 
Quando se entra numa relação de forma tão apaixonada como eu entrei, não estamos conscientes das nossas próprias fragilidades. Eu não sabia até aí, o que era "depender" literalmente do sentimento de alguém, para conseguir ser feliz no meu dia-a-dia. E andei tão feliz durante tanto tempo que quando levei com a minha primeira porta na cara, achei que as minhas expressões nem tão cedo iam voltar ao lugar. Enganei-me claro. Não ficámos chateados muito mais tempo e desculpei-o a ele, e ele a mim. Quando estamos chateados dizemos coisas que não sentimos.. nem queremos. E foi isso que fiz, e que me fizeram. Foi só isso que havia a desculpar. No entanto.. sendo pouco tempo, os dias passavam de uma forma.. Que acho que aquelas três, ou duas, ou até uma semana daquele verão moldaram-me a mim de uma forma nunca antes vista. Ele não foi a minha primeira relação, nem o meu primeiro amo-te dito.. mas recordo-me que um amigo dele muito antes dele próprio aparecer na minha vida, fez de mim o primeiro amor dele. Sempre foi um querido esse amigo. Mas uma vez disse-me que "Um dia vais-te apaixonar por alguém de verdade, e vais-te magoar. E depois vais entender." pensei nisso no outro dia. É engraçada a forma como que a vida nos dá as voltas. O meu pai dizia-me em pequena "tantos corações que vais partir." Não gosto de partir corações. O meu já foi partido algumas vezes mas nada que não se volte a encaixar. No entanto onde queria chegar é.. voltamos a ser iguais depois do nosso primeiro desgosto de amor? Da primeira dor-de-corno? Da primeira vez que nos trocam por alguém? Da primeira vez que vemos um "amo-te" nas redes publicas para outra pessoa que não nós? Quando vemos fotografias que infelizmente já lá não estamos? É possível? Ou melhor.. quando uma relação com tanto amor acaba, para onde vai esse amor? Torna-se em mágoa? Vai para o céu? Fica à nossa volta? Gosto de pensar que torna-se em anjo da guarda, e que nos ensina que para a próxima vai valer a pena. Acho que eu, e todos nós de certa forma, quando entramos numa relação, esquecemos que lidar com alguém e encaixarmos-nos na personalidade de outra pessoa quando temos uma tão forte, exige tal esforço e empenho que nem todos nascemos com ele. É verdade, acho que a verdadeira resposta é que nem todos fomos feitos para amar. Então não nos deviam enganar desta forma.. logo em pequenos a espetar-nos com tantas cinderelas e brancas-de-neve. Nem todos os sapos tem um príncipe dentro deles. Essa é que é essa. Nem todas são princesas a dormir à espera que venha alguém de jeito e até lá deixam-se ficar quietas na cama.. o mais provável príncipe é dares com ela na cama de outro sapo qualquer. Por isso mesmo.. devíamos todos ter nascido com chapinhas.. "Pronta para amar"; "Acredita em amor"; "Não trai a mulher, homem de verdade"; "Homem de baixa descontrolado" ; "Mulher louca da vida louca". Coisas assim. Era mais fácil. Dávamo-nos melhor.. havia menos sida, menos gente a chorar, e menos bebés também consecutivamente. Por outro lado.. aprendíamos menos, a ingenuidade subia a níveis astronómicos. Acredito que um homem ou uma mulher, quando se compromete a amar alguém, é quase mais importante que assinar uma declaração de casados, ou ir comprar um anel de noivado. Amar não é para todos. Por isso, quem não quer amar da mesma maneira que todos o deviam fazer, faça um favor a todas as raparigas (e rapazes) que acreditam na rapunzel.. e comprem um cão... esse não entende se te apanha na cama c outra.  Beijo, boa noite.

Comentários

  1. tens um grande defeito inês...és linda :3 e eu fico sem palavras godddddddddddddddddddddddd :$ beijo beijo beijo :$

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  3. https://www.youtube.com/watch?v=165RVtUhEvk

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